segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Estratégias do Caminhar

Le Parkour: termo de origem francesa que significa "percurso" e designa uma prática que consiste na interação do corpo humano com o ambiente urbano. Trata-se da arte de transformar os obstáculos encontrados no caminho em performances acrobáticas. O inventor do esporte, David Belle, declarou que o Le Parkour deve combinar velocidade, fluidez, estética e originalidade. Além disso, os praticantes têm a intenção de ir até onde nenhum ser humano foi antes. A seguir, um vídeo promocional da rede inglesa BBC estrelado por Belle.

Flâneur: palavra da língua francesa que define o indivíduo que anda pela cidade com intenção de experimentá-la. O termo foi cunhado para designar o caminhante urbano que vaga sem rumo pela cidade com um olhar aguçado para a multidão em busca de novas experiências. "Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico".*

Deriva (situacionista): os integrantes do movimento chamado Internacional Situacionista pretendiam inaugurar a arte integral, ou seja, uma forma artística ligada a todos os elementos da vida. Sendo assim, perceberam que essa nova arte estaria amarrada à observação e vivência do ambiente urbano. Nesse sentido, os situacionistas afirmaram que a sociedade devia se apaixonar pelas cidades e seus diferentes panoramas sócio-econômicos. "As grandes cidades são favoráveis à distração que chamamos de deriva. A deriva é uma técnica do andar sem rumo. Ele se mistura à influência do cenário. Todas as casas são belas. A arquitetura deve se tornar apaixonante. Nós não saberíamos considerar tipos de construção menores. O novo urbanismo é inseparável das transformações econômicas e sociais felizemente inevitáveis. É possível se pensar que as reivindicações revolucionárias de uma época correspondem a uma idéia que essa época tem da felicidade. A valorização dos lazeres não é uma brincadeira. Nós insistimos que é preciso se inventar novos jogos".**

O Le Parkour, o Flâneur e a Deriva têm em comum uma relação muito próxima com o urbano. Todos os três movimentos buscam descortinar o olhar das pessoas e lhes apresentar uma nova experimentação das cidades. É interessante notar a curiosidade intrínseca a esses movimentos e o esforço em fazer com que a cidade seja vista sob novos aspectos e sem preconceitos.

Referências: *www.scielo.br/
**www.vitruvius.com.br/arquitextos/
news.bbc.co.uk/
www.comciencia.br/resenhas/cidades

domingo, 30 de agosto de 2009

O trabalho de Vik Muniz

O paulistano Vik Muniz é um dos artistas mais badalados do momento. Foi classificado como um dos maiores expoentes da arte mundial no livro "501 Great Artists: A Comprehensive Guide to the Giants of the Art World". Vale ressaltar que além dele, somente outro brasileiro figura a lista, o Hélio Oiticica.
Nascido em 1961, Vik é filho de uma telefonista e de um garçom e teve a oportunidade de ir para Nova York por causa de um acidente: quando apartou uma briga de rua, Vik foi acidentalmente atingido por um tiro na perna e curiosamente o autor do disparo era pessoa que o artista tentava defender. Para compensar o ato, a pessoa ofereceu uma quantia de dinheiro a Vik que aproveitou a chance e foi para Chicago. Dois anos depois se instalou em Nova York, local que reside até hoje.

No início de sua carreira seus trabalhos consistiam basicamente em esculturas, porém com o tempo o artista começou a tirar fotografias de suas obras e atualmente seus projetos consistem em trabalhar a ilusão através da construção de imagens. O resultado é alcançado por meio de figuras que são construídas a partir de materiais inusitados e da posterior fotografia dessas obras.

Em passagem por Belo Horizonte, no museu Inimá de Paula, a exposição intitulada "Vik" expõe suas obras mais famosas como os retratos de Monalisa confeccionados com geléia e manteiga de amendoim. Também o retrato de Liz Taylor feitos com pequenos diamantes. Além disso, o museu trouxe obras feitas com soldadinhos de plástico, lixo, chocolate... Tudo empregado com muito talento.
Os trabalhos de Vik fazem um grande sucesso com o público e o mais interessante é notar que as obras abragem uma gama diversificada de pessoas. Indivíduos de tipos variados sentem-se fascinados pelo obra de Vik Muniz. A explicação talvez seja pelo fato do comprometimento que o artista tem em fazer com que sua arte esteja realmente ao alcance de todos. Vik simplesmente quer fazer algo que as pessoas gostem e um dos seus pontos altos é a criatividade.

Referências: vikmuniz.net
www.masp.art.br

sábado, 29 de agosto de 2009

A nossa Performance

A performance desenvolvida pelo grupo foi apresentada no hall da escola de arquitetura. O lugar não foi escolhido por acaso. Pelo contrário, tendo em vista nosso intuito de discutir o acesso à universidade bem como a utilização do espaço público e do privado, a entrada do prédio se encaixou perfeitamente dentro dos propósitos.

1. Conceito: partindo da observação em que o vidro, um tênue obstáculo, é capaz de limitar 2 mundos diferentes nossa performance começou a ser concebida. A discussão do grupo tangenciou aspectos que falam da dificuldade em se adentrar o mundo acadêmico, tanto no que diz respeito ao direito à educação quanto à liberdade de circulação da população naquele espaço físico. Existe o direito pela ampla utilização dos espaços públicos? O vidro é um divisor ou um expositor? Quem se sente mais incomodado, os indivíduos de fora ou os de dentro? Qual o nível da interação entre esses 2 mundos? Estas foram as principais indagações que nortearam a apresentação.

2. A Performance: em pequenas ações isoladas, o grupo tentou retratar as diversas possibilidades de exclusão e interação entre indivíduos que tentam vencer a barreira que força a separação mundo público e o privado.

3. Cenas de bastidores:
*As meninas ensaiam o movimento e discutem sobre as tintas a serem utilizadas durante a performance
*Ana prepara o seu local

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Performance Art

A Performance Art engloba várias formas de manifestação: pintura, escultura, música, dança, filmagem, poesia, diálogo, etc. As apresentações são fundamentadas no improviso e na relação com a arte conceitual. Sendo assim, a performance não deve ser confundida com teatro.

A inspiração da performance art tem origem no Dadaísmo e Futurismo, movimentos da década de 1920 que romperam com a noção de arte ligada somente à academia tradicional. Durante essa época houve uma busca para ampliar a participação do público nas manifestações artísticas. Mas o surgimento da performance ocorreu de fato na década de 60, nos Estados Unidos. "Ricas em metáfora e simbolismo, as primeiras perfomances acontecem como reação a uma década em que os traços de trauma do pós-guerra estavam sendo lentamente apagados pelo consumismo".*

Na década de 70 os performers buscaram fazer conexões entre "arte e vida real, arte e psicologia, política e estética". A partir da década de 80 houve a utilização de recursos tecnológicos durante as apresentações, aproveitando do surgimento das ferramentas high-tech. Já durante ao anos 90, os artistas basearam as apresentações em uma reflexão crítica dos elementos do cotidiano e para isso misturaram componentes de diferentes linguagens e sistema de valores.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A escada em espiral


A imagem da escada em espiral, para o sociólogo Norbert Elias, remete à construção do conhecimento. De acordo com Elias, a espiral metaforiza o indíviduo em um momento de autoconsciência no processo do conhecimento: a cada degrau vencido é possível olhar para trás e verificar o caminho da construção epistemológica.

Nesse sentido, o blog busca registrar os passos dados na disciplina Oficina de Fundamentação e Instrumentação e ao final mostrar a consolidação do aprendizado.

Up!